CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

quinta-feira, 16 de março de 2017

1ª Aula Parte A – CURSO APRENDIZES DO EVANGELHO 2º ANO – FEESP

Parábolas e Ensinamentos de Jesus Sobre o Reino dos Céus

O que é Parábola? - Parábola do Semeador

INTRODUÇÃO

O processo de conhecimento humano é algo admirável. Os Homens, passo a passo, caminham da ignorância em direção à Luz. É uma longa jornada. Quando a analisamos, podemos contemplar uma série infindável de matizes.

Numa mesma civilização, por exemplo, vemos que cada nova geração beneficia-se com o legado da geração anterior, e, alicerçando-se naquilo que já foi fundamentado, coloca novos tijolos nesse grande edifício.

De tempos em tempos, no entanto, a Humanidade é contemplada com a vinda de grandes missionários que, pelo reconhecido conhecimento superior que possuem, pela notável ascendência espiritual que denotam, conduzem os Homens a um verdadeiro salto em direção ao progresso.

Todos os povos tiveram seus missionários, seus profetas, seus patriarcas - Homens que trouxeram ensinamentos sobre a Lei Divina, sobre a vida espiritual. Eram verdadeiros desbravadores, eis que se inseriam em um meio social muito inferior a condição espiritual que possuíam.

A transmissão de novos ensinamentos é um processo em que podemos assinalar diversas pontes mareantes. Entre as principais, estão: a resistência ao novo, que é uma tendência natural do Ser Humano; a oposição, eis que grupos dominantes sempre temem a disseminação de conhecimento; e a capacidade de aprendizado dos indivíduos, que varia ao infinito.

Por isso, os grandes missionários, quando se dirigiam as pessoas simples, com limitada capacidade de compreensão, usavam, muitas vezes, o método de contar histórias, baseadas nos assuntos da época, usando situações do cotidiano, pois assim deixava, de forma indelével, um grande ensinamento.

Dentre todos os missionários que visitaram a Terra, resplandecera pela eternidade a figura incomparável do Rabi da Galiléia.

Jesus, em sua missão única e insuperável, legou-nos os mais preciosos ensinamentos, as mais valiosas lições, os mais sublimes exemplos!

A multidão - homens, mulheres, crianças, idosos, necessitados e excluídos, famintos de consolo, de amparo e de auxílio - ouviam-no encantados e diziam: “Nunca alguém falou assim antes!”

PARÁBOLA DO SEMEADOR

“Eis que O semeador saiu para semear E ao semear uma parte da semente caiu à beira do caminho e as aves vieram e a comeram. Outra parte caiu em lugares pedregosos, onde não havia muita terra. Logo brotou, porque a terra era pouco profunda. Mas, ao surgir o sol, queimou-se e, por não ter raiz, secou. Outra ainda caiu entre os espinhos. Os espinhos cresceram e a abafaram. Outra parte, finalmente, caiu em terra boa e produziu fruto, umas cem, outra sessenta e outra trinta. Quem tem ouvidos, ouça!” (Mt 13:3-9).

É uma historia comum, mas de imensa beleza e significado: um presente amoroso que Jesus deixou para toda a Humanidade.

Primeiramente, vejamos o significado dos principais simbolismos aqui apresentados:

O Semeador representa Jesus, que semeia sem cessar os corações humanos, sem fazer distinções. A figura do semeador pode também representar todo aquele que semeia o Bem por onde passa. Mas o que simboliza a semente?

A semente simboliza o ensinamento espiritual contido no Evangelho de Jesus. É a Lei de Deus trazida aos Homens.

O terreno simboliza os diferentes estágios evolutivos da alma humana que, no caso, são:

- À beira do caminho: terreno que representa as pessoas indiferentes aos ensinamentos espirituais. Elas não são nem boas nem más, mas são como solo estéril; não se comprometem com nada que lhes exija responsabilidade ou esforço para mudar a si mesmas ou o mundo em que vivem. Essas pessoas ainda dormem e precisam despertar para a vida espiritual.

- O pedregal: simboliza aqueles que inicialmente se entusiasmam quando ouvem o ensinamento espiritual, mas nas primeiras dificuldades perdem a motivação e desistem, pois não têm ainda perseverança e vontade suficientes. Esse terreno ainda contém mais pedras do que terra: a semente começa a se desenvolver, mas não tem raiz e definha.

- O espinheiro: São as pessoas que recebem a semente, deixam-na germinar e gerar uma plantinha, mas, antes que ela se fortaleça e se enraíze, permitem que o orgulho e o egoísmo sufoquem-na. “Abafam” a semente, e deixam passar a oportunidade de se transformar e dar belos frutos. Para estas pessoas, os cuidados do mundo e as suas riquezas têm maior importância do que o ensinamento espiritual.

- A boa terra: Solo fértil são as pessoas que estão receptivas aos ensinamentos espirituais, e estão à procura da verdade libertadora. Quando, então, recebem a preciosa semente, protegem-na, cercam-na de cuidados, para que ela tenha condição de germinar e frutificar.

Essa postura de acolher a semente, ou seja, o ensinamento espiritual, e, ainda, cuidar para que ela germine e se desenvolva, requer persistência, esforço, devotamento, boa vontade.

Podemos lembrar, entretanto, que solos férteis podem apresentar diferentes capacidades de produção, e, dessa forma, produzir a trinta, sessenta, cem. Assim também, nós, quando nos tornamos solos férteis, produziremos de acordo com a nossa capacidade: a trinta, a sessenta, a cem.

O importante é que nos esforcemos a fim de produzir tudo àquilo que já somos capazes, gerando os bons frutos que são esperados da boa semente, e, além disso, que nos tomemos pequenos semeadores, seguindo o exemplo do grande semeador: Jesus. Isto é o que se espera de nós, os espíritas.

Esta observação oferece-nos a oportunidade de fazer uma reflexão, no silêncio de nossas almas, para o autoconhecimento; oportunidade de despertar para o desejo de renovação e de produzir os bons frutos.

Em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, cap. XVII, item 4, no tema “Os Bons Espíritas”, Kardec assevera:

“Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que faz para dominar suas más inclinações.”

Nenhuma semente perde-se jamais. Cada uma tem o seu tempo de germinar, como tudo na Natureza: há um tempo de nascer, um tempo de crescer, um tempo de amadurecer, um tempo de dar frutos e recomeçar o ciclo bendito da vida, cada vez com mais vigor e beleza.

QUESTÃO REFLEXIVA:

Como tornamo-nos solo fértil para os ensinamentos de Jesus.


Fonte da imagem: Internet Google.

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