CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

quinta-feira, 23 de setembro de 2021

16ª AULA PARTE A - CURSO PREPARATÓRIO DE ESPIRITISMO - FEESP

OS SONHOS

O sonho define-se como a lembrança do que o Espírito viu durante o sono (L.E., 402), Kardec, analisando essa mesma resposta dos Espíritos, complementa dizendo que os sonhos são o produto da emancipação da alma, que se torna mais independente pela suspensão da vida ativa e de relação.

O Espírito, jamais ficando inativo, experimenta durante o sono o afrouxamento dos laços que o unem ao corpo, permitindo-lhe o contato direto com outros Espíritos. Por essa razão é que o sono influi, muito mais do que pensamos, em nossa vida. O período de sono, portanto, é de vital importância para os Espíritos, representando a porta que Deus lhes abriu para o contato com os seus amigos do céu. Além disso, é o recreio após o trabalho, após as tribulações da vida diária.

Para a Humanidade de um modo geral, os sonhos sempre tiveram grande importância. 

Na Bíblia, temos os episódios de José e o Rei do Egito; o de Daniel e Nabucodonosor; e o de Jacó, entre outros. 

Na História Geral, temos a revelação de Dante Alighieri acerca de sua obra, a Comédia, e os três sonhos de René Descartes, em que o Espírito da Verdade o aponta como autor de uma Ciência Admirável. 

Na História do Espiritismo. Andrew Jackson, num sonho, tem uma ampla visão do mundo invisível. 

Na Psicanálise, Freud utilizou os sonhos como elementos de análise do psiquismo humano.

Na História da Religião, são conhecidos os episódios envolvendo Santo Afonso de Liguori, Santo Antônio de Pádua, Santo Ambrósio e São Francisco Xavier, com seus famosos desdobramentos. 

Na Doutrina Espírita, são dignos de lembrança os casos de desdobramento de Eurípedes Barsanulfo, quando professor em sua cidade natal (Sacramento, no estado de Minas Gerais).

Em sonhos, também, podem acontecer casos de premonição, como o da mulher de César, que toma conhecimento da conjuração de Brutus, ou como o de Abraham Lincoln, presidente dos Estados Unidos da América, que vislumbrou sua própria morte e funeral.

Podemos dizer então, que há dois tipos de sonhos: os sonhos reais, em que nós fazemos contatos com seres ou coisas do mundo espiritual, indo a lugares que nos são permitidos devido à nossa condição evolutiva. Já os sonhos do subconsciente não são mais do que reproduções de pensamentos, imagens e impressões que afetaram nossa mente no estado de vigília.

É comum, em sonhos, ter-se pressentimentos que jamais se cumprem. Da mesma forma, podemos receber sugestões ou encontrar respostas para a nossa problemática mais aguda.

Ocorrem visitas a seres conhecidos ou a lugares distantes, que algumas vezes nem conseguimos identificar. E isso ocorre quase todas as noites, pois, quando dormimos, prevalece a vida da alma. As visitas entre vivos podem ser provocadas, desde que o homem deseje e lhe sejam permitido.

Todavia, na Doutrina Espírita não há a prática de interpretação dos sonhos, porque, a rigor, não se conhece o mundo íntimo e os problemas encarnatórios das criaturas. Ademais, no Espiritismo aprendemos a nos libertar da simbologia, geralmente usada de maneira indevida para desvendar os conteúdos éticos e morais do psiquismo.

Não nos lembramos sempre dos sonhos, em grande parte, devido à influência da matéria pesada e grosseira, que limita as possibilidades de manifestação da alma. Contudo, deve-se considerar também a falta de desenvolvimento do Espírito e seu mediano grau de evolução, que o impedem de lembrar-se das coisas corriqueiras do dia-a-dia, como de seus próprios sonhos.

Ao despertar, por vezes, conservamos uma lembrança fugaz dos nossos sonhos e logo depois já não nos lembramos mais deles. Mas, outras vezes, os sonhos permanecem vivos em nossa memória, sugerindo-nos pensamentos novos e novos caminhos a percorrer.

BIBLIOGRAFIA:

Kardec, Allan - O Livro dos Espíritos

QUESTIONÁRIO:

1 - O que são os sonhos?

2 - O que representa o sono para o ser humano?

3 - Por que não nos lembramos sempre de nossos sonhos?
 

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